27 de fevereiro de 2012

Seja o criador de seu próprio caminho



Ter controle total sobre o próprio destino, talvez seja pretensão demasiada. Mas, me incomodo muito com as pessoas passivas. Elas se parecem com barcos navegando a esmo pelo mar de suas próprias vidas.
Esperam desanimadas por um vento favorável, porém improvável. Temem pelas tempestades, que inevitavelmente virão. E ficam estáticas à espera do pior que se esconde atrás de uma simples e possível mudança.
E assim, o tempo passa, os ventos mudam de direção, as nuvens são vencidas por um novo e brilhante raio de sol. E o que parecia ser o final triste de um filme de lágrimas, é a oportunidade que se disfarça de medo, e se vai, transformada em desperdício e decepção.
Isso é ainda pior, quando acontece com jovens. Um enorme potencial que se acomoda em situações de soluções fáceis, sem desafios, e cheias de conforto imobilizador.
Tudo é uma grande perda, cujo agente gerador não tem a menor consciência do que realmente se perdeu.
Acredito não ser tarefa difícil identificar perfis com essas características em nossa rede de relacionamentos. Contudo, o grande desafio será ajudá-los a deixar esse estado de estagnação e conformismo, pela difícil escolha de enfrentar o grande inimigo que se encontra dentro deles próprios.
Desde que tomei consciência desse processo, principalmente em pessoas das equipes que liderei, busquei sempre um caminho que pudesse “acordá-las” para a realidade.
Tentei inúmeras possibilidades de choques, argumentos, ameaças, recompensas e, na grande maioria das vezes, fui vencido. Meu forte poder de influência se dissipava nas evidências de incapacidade involuntária das pessoas em cuidar de seu próprio destino.
O tempo foi passando também pra mim. E a sucessão de erros finalmente me ensinou, pouco a pouco, que eu dificilmente poderia motivar alguém a mudar.
Por outro lado, percebi que em algumas situações, onde minha interferência era infinitamente inferior, elas próprias se motivavam por razões muitas vezes ilógicas, e assumiam a partir de determinado momento, uma atitude de controle dos seus rumos. Enfim, tomavam propriedade da construção de seus próprios caminhos.
E então, justamente nesses momentos onde eu pouco pude aplicar das sofisticadas técnicas e fundamentos de liderança, e quando me senti um mero observador de movimentos até então inexistentes, paradoxalmente, foi quando me senti um verdadeiro líder.

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