26 de outubro de 2010

Secretárias Sustentáveis

Durante toda a minha carreira, tenho mantido uma relação profissional praticamente contínua com as secretárias, hoje transformadas em competentes assistentes executivas e/ou administrativas.


E, desse relacionamento, onde vários nomes protagonizaram papéis de fundamental importância no sucesso das diversas atividades e projetos em que estive engajado, tenho a consciência e admito espontaneamente ter aprendido muito mais com todas elas, do que as pude ensinar.

Não se trata de uma apologia desnecessária, mas sim de um merecido reconhecimento não tardio, pois esse processo, ainda e felizmente, continua ocorrendo. Aliás, as colegas que conviveram, e ainda convivem comigo, sabem disso.

Não somente competências técnicas, mas também doses generosas de inteligência emocional, equilibradas com conjuntos diferenciados de competências essenciais; esse tem sido o cimento que ajuda a consolidar as carreiras de muitos executivos de sucesso pelo mercado afora. Afinal, o que seria deles, sem o suporte incondicional de suas assessoras?

Mas, creio que já falei demais do passado. Agora, gostaria de investir algum tempo para falar sobre o perfil da assistente executiva do presente e, principalmente, do futuro.

Com um arsenal tão impressionante de novas ferramentas disponibilizadas todos os dias, essas profissionais absorvem, cada vez mais, a gestão de recursos muito valiosos das organizações. E, esse poder de influência transcende a abrangência do executivo a quem elas se reportam.

Contudo, acredito que sua maior responsabilidade no futuro será aplicar esse potencial para disseminação de comportamentos sustentáveis.

Pelo seu exemplo, ela deverá facilitar processos que conduzam a uma gestão sustentável.

Li recentemente, uma definição de liderança atribuída a Einsenhower, que liderar é conseguir fazer com que as pessoas façam o que mais desejam fazer.

E pela capilaridade imensa da rede de relacionamentos internos e externos que as assistentes possuem, não é difícil avaliar a dimensão de sua capacidade para liderar a tomada de pequenas, mas importantes atitudes positivas, empreendedoras, e construtivas dentro de seu ambiente de trabalho.

Essa nova competência talvez seja a melhor forma de materializar a sustentabilidade como algo que pode transformar as assistentes executivas em protagonistas de uma mudança para processos administrativos melhores, com chefes assessorados em alto nível, e ambientes organizacionais muito mais equilibrados.

Afinal, liderança sem poder é a essência da autoridade.

Certamente, elas já tomaram consciência disso. Será mesmo?


Vitor Seravalli

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