30 de março de 2010

Sustentabilidade, a competência empresarial do presente para o futuro

Atualmente, se algum empresário ainda não se conscientizou sobre a importância dos princípios do desenvolvimento sustentável em seus negócios, há grande probabilidade de que o mesmo não esteja mais no mercado no médio ou longo prazo.
Por outro lado, a grande importância que este tema vem ganhando, traz consigo inicialmente mais desafios do que facilidades. Mas uma coisa é certa, quando falamos da verdadeira sustentabilidade, ou seja: “aquela que busca o melhor atendimento das necessidades atuais, sem prejudicar a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades”, os riscos inerentes a tais desafios, são grandes e valiosas oportunidades.
Alguns caminhos na busca dessas oportunidades incluem:
• A busca constante pela inovação e pela criatividade, aliada à competência em implementar rapidamente mudanças embasadas em estudos profundos de marketing;
• a opção por materiais e energias renováveis;
• a integração dos investimentos socioambientais aos objetivos estratégicos dos negócios.
• e finalmente, a valorização dos relacionamentos com os públicos de interesse (Stakeholders)
Estas são prioridades que reduzem os impactos socioambientais, promovem redução de custos, e possibilitam preços mais justos em relação aos benefícios que o consumidor receberá.
E, finalmente, promovem a competitividade que os negócios necessitam para permanecerem mais tempo nos mercados.
Mas, qual seria uma forma para materializar esse real compromisso das empresas e seus profissionais com uma sociedade sustentável?
A resposta está na compreensão da sustentabilidade como uma competência; uma competência organizacional e, principalmente, individual.
Profissionais que incorporem valores, conhecimentos, habilidades e atitudes sustentáveis, terão seu comportamento positivamente percebido pela sociedade, e conduzirão as organizações rumo à sustentabilidade.
No início da última crise mundial, houve uma percepção inicial de que todos os investimentos empresariais em sustentabilidade seriam reduzidos, ou mesmo eliminados, por uma simples questão de prioridade para a sobrevivência dos negócios.
Contudo, algumas pesquisas realizadas por organizações nacionais e internacionais de credibilidade comprovada, constataram que esses investimentos não somente foram mantidos, mas em alguns casos foram até ampliados nas empresas onde a sustentabilidade já está inserida nas suas estratégias.
Ou seja, justamente na crise, o desenvolvimento sustentável se transformou num mecanismo de oportunidade para organizações empresariais.
Isso também vale para profissionais diferenciados, que ao contrário dos pessimistas de plantão, incorporam novas competências, e conquistam mais espaço no mercado de trabalho.
E você? Como percebe esse novo momento? Como um risco ou como uma oportunidade para sua própria sustentabilidade?

 
Vitor Seravalli é Presidente do Comitê Brasileiro do Pacto Global (ONU)


Obs.: este artigo foi publicado na Revista Consciência Ampla nº 3 – Endesa Brasil


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